terça-feira, 20 de novembro de 2007
NÃO BASTA ABRIR A JANELA
Visto eu continuar sem inspiração apesar de querer escrever sobre mim e uma coisa, optei por deixar um poema do meu querido Alberto Caeiro, aquele que não pensava ou não queria pensar...!
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver a janela se a janela se abrisse
Que nunca é o que vê quando se abre a janela.
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