terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Crise existencial

Pela primeira vez na minha vida, olho para o futuro e vejo algo, um trajecto composto, uma pessoa que me ame e que o amor seja recíproco, alguém com quem deseje passar o resto da minha vida, que corresponde ao meu sonho de uma família numerosa, numa casa grande e com grandes valores morais.

Mas (existe sempre o "mas") e o meu outro sonho? Aquele em que eu queria ser uma mulher independente, viajada, altamente relacionada e muito bem monetariamente.

Cá estou, no inicio de dois mundos sem saber o que pensar. Dá-me a sensação que terei duas oportunidades, que quando acabar uma coisa poderei ser a outra, mas… não é bem assim. Em qualquer uma irei sofrer por o que vou deixar para trás, porque infelizmente o ser humano nunca se contenta com o que tem e só quer o que não tem ou não pode ter.

Agora só me resta saber com qual é que vou sofrer menos, o que é que eu realmente quero e o que sou. Só a base do meu ser é que me poderá ajudar.

Por um lado, sinto-me idiota, estou tão contente, estou a ter o que sempre quis e agora estou para aqui com estas crises existenciais. Por outro lado, e se eu não me sentir concretizada a nível profissional, em quê ou quem é que se vai reflectir?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Brincadeirinha



Com origem em Cais do Sodré e destino em Carnide, posso "brincar" um bocadinho:



  1. Trocar de linha em Baixa/Chiado e seguir até Carnide;

  2. Seguir até Alameda, fazer o resto da linha vermelha, trocar na azul e seguir até o destino;

  3. Trocar em Baixa/Chiado, trocar em Marquês de Pombal, voltar a trocar em Saldanha e finalmente voltar para a azul em São Sebastião;

  4. Até Alameda, trocar em Saldanha, andar para trás até Marquês de Pombal e seguir pela azul;

  5. Etc, etc

Isto é o que dá não levar mp3 para o metro e pôr-me a pensar que ainda não conheci as duas novas estações da linha vermelha.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

“Tias”

    Há dois tipos de "tias", daquelas de Cascais. Existem as "tias sofredoras" e as "tias descontraídas".

    As "tias sofredoras" são aquelas que ligam muito à imagem. Passam os dias na cabeleireira e no ginásio, tomam todos os comprimidos e mais algum, dos anti-oxidantes, aos depurativos, o de fazer xi-xi, até para tirar manchas indicadoras de idade. O melhor amigo é o cirurgião plástico e as clínicas são a segunda casa. Roupas apertadinhas, de preferência a imitar pele de leopardo e com acessórios dourados para condizer com o cabelo loiro pintado. Carro bom que o marido comprou para disfarçar os dramas do interior da casa.

    Já as "tias descontraídas" são bem diferentes. Antes de mais, vestem-se "à homem". Moucassins, calças de ganga e uma camisola azul escura acompanhadas de uma mala ou mochila castanha. Cabelo, geralmente, curto e por pintar. Sem maquilhagem e o único ginásio é andar a pé ou de bicicleta. São mães de famílias numerosas, e adoram brincar com os netos. Não se importam minimamente com a imagem e muito menos por teres um carro velho e pequeno. Não se calam a nada, pois não deixam ser pisadas por maridos e por isso, muitas são divorciadas. São as mais cultas, as que sabem a ética, etiqueta e protocolo e é graças a isso que chegam a ser professoras nas faculdades.

    Obviamente que têm coisas em comum. Como por exemplo, tratarem toda a gente por "vocês", darem só um beijo, terem o "nariz empinado", serem ricas ou pelo menos, aparentam-nos ser, etc, etc.

    Resumindo: isto é o que dá não ter mais nada para fazer nas minhas viagens de comboio…

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Carpe diem

Estou cá numa fase… que já há muito tempo não tinha. Ou antes, acho mesmo que nunca tive. Não tenho como dizer "só me falta isto", porque nada me falta.

Finalmente tenho entusiasmo para a faculdade, estou numa casa que me sinto segura, que sou acarinhada e tenho o espaço todo que sempre sonhei ter. Carro, adoro conduzir em Lisboa, então se for de noite… melhor. Amigos, poucos e óptimos. Graças à internet, tenho a melhor comunicação com a família. Estou quase a quase saber andar de cavalo e sinto que agora é que vai ser de vez, já para não falar que este vai ser o ano que vou viver verdadeiramente a Golegã. O meu Índice de Massa Corporal é… peso ideal! Sapatinho alto, pochete, unhas pintadinha e roupa apertadinha… e lá vou sentindo um olhar ou outro e uma auto-estima a ultrapassar o topo e uma confiança que até então era-me completamente desconhecida.

Se alguma vez tive amostras disto tudo, havia sempre um campo que me falhava. E era algo que era exigente mas mesmo sendo mais branda e, em altura de desespero, pensava que tudo o que "viesse à rede era peixe". E, finalmente, o amor bateu-me à porta e eu abri. Não me apareceu qualquer coisa, qualquer "personagem", mas sim, o melhor para mim. Preenche todos os meus requisitos e sei (apesar de ele achar que não) que homens assim… há poucos. Se já começava a desacreditar em "caras-metades"… agora acredito plenamente porque encontrei a minha.

E lá está… de que me posso queixar?! Até os dias enublados agora são maravilhosos quando passo pelo mar, esse meu novo vício…!

Pergunto-me, que terei feito eu para ser tão afortunada?! E até quando durará?! Mesmo que volte alguma má fase… estou de forças restabelecidas para enfrentar o que der e vier.

Conclusão: não posso estar mais feliz e… a vida é bela, belíssima!

Carpe diem!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Há muito que nada escrevo, até é de admirar quando tanta coisa se tem passado na minha vida. Mas por falta de tempo ou de inspiração tenho tido este blog completamente às moscas. Penso que mal tenha internet no meu telemóvel… isto vai sofrer uma revolução.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mano

Parece que foi ainda há dois dias que me pegavas ao colo e por fotografias vejo a ternura que me dedicavas. Eras só tu o único que eu autorizava a mudar-me a fralda. Não sei se por admiração ou, simplesmente, por carinho.

Sempre foste o que animou todas as festas de família, com esse dom que continuo a achar que podia ser aproveitado.

O ingénuo e mais bondoso dos três, muitas das vezes prejudicando-te e espero que ainda te beneficie muitas outras vezes, essa personalidade inigualável. Pessoas como tu… já não existem.
Enche-me de orgulho cada vez que alguém fala de ti, na cidade mais universitária do país… ainda se houve o teu nome.
E agora serás o primeiro… o primeiro a ir "para a forca", a "perder a liberdade"… a casares-te. O tempo passou tão depressa e e´ inacreditável que já estejas a dar um passo tão grande.

Só desejo que sejas feliz…