quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Problemas de expressão

Tantas vezes me sinto uma "casca grossa". Sinto, desejo, amo, mas não o sei exprimir, não sei dizer ao outro alguém a cor da minha aurela.
É como se estivesse completamente amarrada, quero soltar-me, largar todas as correntes e seguir, leve, transparente, mas as cordas são tão fortes...
E percebo que estabeleço uma barreira. Esse alguém quer conhecer-me, está a espera de algo mais de mim, afinal, não pode fazer o trabalho todo e não sabe como desprender-me ficando confuso e desinteressado.
Que faço? Como vou conseguir passar os meus limites, forçar-me a mim própria a fazer o que quero fazer, mas a não ser o meu próprio eu...

Cheiro


As vezes não consigo perceber. Não consigo ver se o cheiro de praia é o cheiro da areia, do mar ou do bronzeador.
Mas é no inverno, quando este cheiro vem ter ao mais profundo das minhas memórias e as transforma em saudades melancólicas.
O horizonte, o som das ondas a rebentarem, as viagens por toda a minha vida são relembradas com este cheiro. E desejo chegar até lá, sentir o suave da água tocar-me nos pés, mesmo que esteja gelada e fazer-me sair do corpo.
Mas afinal, é o cheiro de quê?!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Uma semana

Hoje começou uma semana, uma semana que é sempre ansiada durante um ano, uma semana em que há meses atrás tinha planos e mais planos, que nos meus primeiros anos de vida sonhava com ela e como eu e tudo o que estivesse à minha volta seria, dando certezas de ser o que não sou e estar como não estou. Resumindo, uma semana de grande expectativa...
E agora, que estou nela, que começou hoje... sonho ou estou entusiasmada? Não! Porque trata-se unicamente de algo normal, de dias normais que o unico que têm de bom é a ajuda do São Pedro por serem de um sol resplandecente. É a prova de que cresci, mas por vezes tenho as minhas duvidas se em tempos atrás não era mais madura, se via ou não melhor a vida e até, arrisco, se era ou não mais feliz...!
Pela primeira vez, os não-planos, as não-expectativas, estão a dar-me serenidade para encarar mais um ano. Arrepender-me-ei de não ter feito nada?! O mais provavel é que sim, mas quem diz que não poderei “remediar” depois...?!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Gritar


Quero gritar!
Com todo o mundo,
Contra a almofada,
Com alguém.
Sentir o sangue a ferver,
O coração a explodir,
A voz a falhar.
Com razão,
Sem saber o que dizer.
Por tudo
Ou por nada
Mas se gritasse...
Sempre me sentiria mais leve...!
"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contractos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanha é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair ao meio em vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol te queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas se importam… E aceitas que, apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se levam anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitem escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a ultima vez que a vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência em nós, mas nos somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para nos tornarmos na pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática, descobres que algumas vezes, a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas, que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates; poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da formas como desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás em algum momento ser condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido; o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais… Que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor perante a vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."

WILLIAM SHAKESPEARE

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Conselhos e arrependimentos

São tantas e tantas vezes que nos deparamos em situações sem saber o que fazer. “Digo ou não digo; faço ou não faço; convido ou não convido; ...”. E é ai que mais nos queremos agarrar aos conselhos dos nossos amigos, das pessoas que nos estão mais proximas. Conselhos esses que não devem ser dados!
A decisão só a nós nos pertence, ninguém pode pensar por nós, pois se alguma coisa correr mal será essa opinião a primeira a ser condenada e graças a isso, umas unicas palavras que terão sido ditas por bem, para o nosso melhor... podem acabar com qualquer relação. Nós só temos que ouvir o nosso coração, nunca esquecendo que a cabeça está por cima dele por alguma razão. E, sobretudo, pensar no que vamos sentir depois do resultado, será que nos vamos arrepender por ter feito, ou não?!
Se é para nos arrependermos, então digo que prefiro arrepender-me por o que fiz do que por o que não fiz. Pelo menos tentei, esforçei-me e tenho consciência que fiz a pensar no bem e não para prejudicar quem quer que seja. Não fiquei à sombra da bananeira à espera que as coisa se desenrolassem por mim, lutei por o que queria, se não correu bem... era porque não tinha que acontecer.

"La Reina"



Ainda não entendi se é um "hino" só da Venezuela, se é de toda a America Latina, mas que é, sem duvida alguma, um hino para mim, lá isso é! Só é pena estar no masculino...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

"Quem corre por gosto, não cansa"


Não consigo perceber se estou dentro ou fora do meu corpo, não sinto as pernas nem as costas (nem quero imaginar o levantar de amanhã), mas algo sinto... sinto aqui dentro, dificil de descrever... sinto um coração contente...!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Viver a vida

Há dias disseram-me que eu vivo a minha vida “da bancada”. Na altura não reagi, aceitei perfeitamente essa “acusação”, achava que era verdade. Mas com o passar dos minutos, horas e dias mais me convenci que não era assim e por isso não posso aceitar tal coisa.
Primeiro, para ser sincera, acho que ninguém vive a vida da bancada, e, se por acaso, houvesse alguém assim seria aquelas pessoas que nunca lutam por nada nem por ninguém, que estão sempre a “chorar” por estarem sós no mundo, que mal têm amigos, que mal se divertem e que nem sequer se sabem divertir, que... que... e digo, mesmo assim, acho que essas pessoas têm a sua vida e vivem-na à sua maneira.
Há uns tempos o meu grande receio era que não tivesse histórias para contar aos meus netos, que quando eles me perguntassem como tinha sido a minha juventude eu pensasse: “nem a aproveitei...”. Mas esse medo, neste momento, não existe. Literalmente, não me posso queixar. Sou sociável, tenho pessoas que me acarinham, tenho pessoas que não me podem ver a frente, pratiquei patinagem, natação e hipismo, ja andei de karts, servi pequenos-almoços e cocktails, conheço uma boa parte de Portugal, ja fui a praias tropicais, dezenas de restaurantes de todos os tipos e feitios, de coco frio a vodka, já me embebedei até o meu estomago não aguentar mais, já fumei, sou catequista, ando na faculdade, fui para uma cidade sem quase ter apoio, etc, etc, etc. Até poderia dizer que queria ser modesta, mas neste caso... não o sou, também sei dar-me valor.
É certo que há quem tenha vivido mais, não digo que não, não invejo. Também há alturas que eu possa, realmente, não ter vivido tanto, mas quem não tem maus momentos na vida?! E quem é que diz que ao estar a viver a vida dos outros não estou também a viver a minha?! Uma coisa é certa e não tenho qualquer duvida, eu... vivo a minha vida!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008



Há coisa que nos revitalizam o corpo e a mente...!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Os sentimentos que nos cegam

Estava eu no outro dia a ter uma conversa e quase que fui obrigada a escrever este post... Estou a brincar, mas o tema, realmente, era demasiado bom para ser deitado ao ar.
Começamos por falar de erros. Se os erros que cometemos são toleráveis ou não. E foi ai que surgiu o grande tema: “os sentimentos que nos cegam”. E é esse mesmo cegar que nos leva a cometer erros incorrigíveis, que nos envergonhamos mais tarde, quando despertamos. Sentimentos que nos fazem sair da “linha” de nós mesmos, transparecendo loucura ou obsessão, seja por um namorado, um amigo ou um conhecido; sejam bons ou péssimos. E, nós, humanos que somos, cientes de nós próprios estamos sempre numa constante luta para não atingirmos pontos extremos, estamos sempre a travar a nossa loucura, que todos têm um pouco (“de menino e de louco todos têm um pouco”), mas é muitas vezes o álcool, por exemplo, que não nos deixa calar e que também nos “força” a exprimir o que nunca na vida nos passaria pela cabeça e que nem sequer pertence à nossa moral. E ai estão os grandes erros. Porque se não somos loucos, fazemos por se-lo, porque é o nosso “livre arbítrio” que escolhe entre a lucidez ou não e que escolhe entre o bem e o mal.
Mas, pessoalmente, acho que nos envergonhamos de muita coisa sem importância, pois quem nos dera a nós, e ao mundo, que esses fossem os maiores problemas.