O meu pai vive na Venezuela há 30 anos. Logo, já conhece bem aquele país, já passou por vários tipos de política e de presidentes, estando sempre presente, conhecendo de primeira mão todos os acontecimentos.
Neste momento é um país que dá que falar, tem um presidente que toda a gente o conhece pelo seu surrealismo. Tudo o que um chefe de estado não deve fazer… ele faz. Mas isso não vem para o caso agora.
Do que eu quero comentar é das situações que eu vejo quando o meu pai vem cá a Portugal. Principalmente os homens, são os primeiros a puxar esse tipo de conversa e talvez seja a prova que os do sexo masculino são os que mais têm a mania que sabem tudo.
Começam por perguntar como é que aquilo está. E a meio da resposta interrompem a dar os seus "bitytes". Ui… como se fossem eles que estiveram lá para votar, a acordarem as 4 da manhã com sons de foguetes, petardos, verylights e até tiros quando o resultado das votações saiu; que não pode ver televisão porque está um senhor em tempo de antena durante 8 horas; que não pode trabalhar porque de um dia para o outro foi decretado que no dia seguinte seria feriado; que… que…
Acham que ao lerem as notícias, que não revela 80% da verdade, que não dá um quarto da ideia real… já sabem tudo e por isso, são eles que têm a solução! E falam, falam, falam… senhores de si, pensando terem toda a razão e achando que assim estão a informar o meu pai com o que se passa no seu próprio país, a 8000 km de distância.
Confesso… quando oiço este tipo de conversas… dá-me vontade de rir!
