sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Hoje...



Hoje é um dia marcante para mim. Para milhares de pessoas já não deve ter qualquer importância, talvez até achassem ridiculo o meu entusiamo nesta altura, mas a verdade é que tenho a certeza que este dia esta na memória de cada vida de cada trabalhador.
Hoje, recebi o meu primeiro ordenado. Oficial, uma quantia “pálpavel”, nada como uns tostões (naquele tempo deliciosos) dados pelo IPJ, aqui sim, é fruto do meu suor e sabe bem. As pessoas diziam que nada como a sensação de ter dinheiro ganho por nós própios, mas eu não compreendia... até hoje. Toco naquelas folhas de papel, que sempre achei absurdo a obsessão das pessoas por ele, e não me vêm imagens de outros a mandarem-mo à cara, vejo notas limpas, sem sujidade atrás delas, vejo-me a mim, contente por ter trabalhado por elas. Mais uma vez acho absurdo o enorme valor que lhes damos, afinal, trabalho por gosto, se nada recebesse continuaria a trabalhar, nem que fosse só por “lavagem de espirito”, mas é como fosse uma gratidão do meu esforço, do meu sacrificio que nem sempre a vontade é a mesma e por vezes o corpo queixa-se.
Hoje, pareço uma criança que finalmente conseguiu que lhe dessem o brinquedo com que tanto sonhava e que tanto pediu. Não penso noutra coisa, quase que caio na lamechisse de me emocionar, mas sinto-me responsavel, sinto-me aquela pessoa que à uns bons anos atrás só queria ser, trabalho cumprido e com eficiência, o contentamento pela minha dedicação e rapidez, a cabeça erguida, bem erguida quando o meu dia acaba. Estou feliz, felicissima! Com vontade de continuar e continuar, de subir os mesmos degraus por onde há meses cai...
Hoje... o dia de hoje, já esta na minha memória para sempre, com a máxima esperança e força de vontade de que seja este o primeiro, o primeiro dia do resto da minha vida!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Paciência



"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não…a vida não pára)"

Adoro esta letra, acho-a tão enquadrada a vida do dia-a-dia...