segunda-feira, 30 de julho de 2007

Verão, cá estas tu!



Parece que agora é que o verão chegou, vem atrasado, mas também não faz mal que é da maneira que se saboreia melhor com o matar das saudades. Agora... temos aquelas belas noites de janelas completamente abertas, sem uma brisazinha em que dormimos só com a camisa de dormir e para melhorar... hoje é lua cheia. Adoro o verão!

sábado, 28 de julho de 2007

A ilusão que tudo podia ser meu para sempre....




"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Nao perdi nada, apenas a ilusão que tudo podia ser meu para sempre..."

Miguel Sousa Tavares

Amigos



Muitos cientistas investigam muita coisa, mas acho que ainda não se lembraram de uma... a ligação entre as pessoas. Não estou a pensar em familia ou namoros, mas sim pessoas do dia-a-dia que vão estabelecendo laços indestrutiveis.
Por exemplo, um dos meus melhores amigos conheço-o a dez anos, dez anos, está bem que ao principio não simpatizei muito com ele, mas por forças da natureza, fomo-nos aproximando e hoje temos uma ligação extraordinária. Mesmos pensamentos, e fazemos um equipa fantastica, até chega a ser a unica pessoa com quem consigo, realmente, dançar, é dificil de explicar, não nos pisamos e nem sequer sabemos para que lado vamos, “encaixamo-nos”.
Outra amiga... que ainda me lembro de a ver antes de surgir sequer um “ola”, hoje, trato-a por prima, e é como esse elo de sangue (que não existe) falasse e me desse a responsabilidade de a querer proteger, de ficar com raiva de quem lhe provoca uma minima tristeza. Uma tal aproximação que tenho a certeza que é eterna e que chegará ao um ponto que nos iremos perguntar se os nossos pais eram irmãos para nos tratarmos como as tais primas.
A melhor amiga... olham para nós, e dizem, o “cão e o gato”, não há qualquer parecença entre nós, nem fisicamente nem psicologicamente, mas as duas “agarramos” num grupo e até nos tornamos como lideres dele. Uma começa a frase, a outra acaba. Só temos que olhar uma para a outra e entendemos, perfeitamente, o que queremos dizer e é tão forte que as pessoas de fora notam isso.
Outras mais pessoas existem, de uma extrema importancia na minha vida, outras foram só de passagem, a ligação não era forte... a ciencia não sabe explicar isto, nem nós mesmos... trata-se de uma segunda familia, chegando mesmo a ser quase a mais importante. É certo, que como em tudo, temos que lutar para não haver um afastamento, mas o sentimento vai ficar sempre, os bons momentos são eternos nos nossos corações, nas nossas mentes. O verdadeiro significado da amizade esta aqui... não é com palavras que se descreve, mas sim com sentimentos.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Dia estranho

Hoje, esta manha, foi deveras estranho para mim, quase que me custa a entender.
Acordei cedo para ir a um funeral, do pai de uma grande amiga minha, que por sua vez, tem a maior força do mundo e na véspera não fez outra coisa do que nos tentar animar, ela! Ela que devia ser animada, ela que deveria estar no pior dia da vida dela, estava a tentar aguentar ao máximo e como sempre, a tirar o partido positivo de tudo até mesmo do impossivel... Mas ninguem é feito de ferro e como pessoa normal que é, houve momentos que se foi abaixo e nesses momentos... eram os que me custavam mais, dava-me umas ganas tão grandes de afastar todos os que estavam à sua volta e ir lá abraça-la, sem falar, sem dizer uma unica palavra, porque nestas alturas... as palavras não têm qualquer valor. Só me passavam imagens pela cabeça, os momentos que ela tanto me apoiou, os momentos que só a tinha a ela como único refugio, os pensamentos que tanta vez estavam consolidados, as batalhas pelas quais lutavamos lado a lado, e tantas outras coisas mais... sempre foi uma bengala para mim e eu... sentia-me inutil na altura que ela estava sem qualquer suporte para se aguentar...
Mas houve uma outra parte, que por mais dificil que seja de compreender... foi uma parte boa, quase optima. Os funerais só têm um unico lado bom, a união, o encontro, e não fugindo a regra... la estava um encontro que ha tantos meses se tentava marcar, forçado, tendo sido “marcado” atraves da pior forma. Tendo sido o local do enterro um sitio distante, tudo para nós era novo, mais se parecia a uma visita de estudo em que as unicas pessoas que faltavam eram os professores. O almoço que tem sido adiando semana atras semana, estava ali mesmo a acontecer, a maioria do grupo, tão, outrora, unido e hoje provando-se que essa união passou a um pacto indestrutivel, estava ali, num belissimo e divertido almoço marcado pela tristeza e pela ausencia da pessoa que mais quereria estar sentada na nossa mesa, não o podia, em primeiro lugar, teria que dar o apoio a familia. Outras coisas mais se passaram de divertidas, não nos viamos há bastante tempo, e como sangue quente que nos passa nas veias, transformamos cada coisa em pretexto de comédia, tornando-se quase de mau gosto, admito. Hoje, esses minutos ou horas já ficaram gravadas no meu “livro” das boas recordações, mesmo tendo sido na tal altura péssima, não vejo com tão maus olhos, pois é assim que a nossa amiga sempre nos quis, unidos e sem tristezas e foi assim que estivemos, pois ela merece todo o nosso carinho.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Em alta


Ando cansada, por ai a deambular com os meus musculos a queixarem-se de não aguentarem mais. Ando cansada, mas feliz.
Cada vez me convenço mais que o principal factor da maioria das depressões é o demasiado tempo livre. No ano passado (lectivo), todas as tardes não fazia quase nada, e estive à beira do abismo. Agora... de 7 dias só tenho um livre, sem trabalho; faço trabalhos forçados, esfrego, carrego coisas pesadas, ando de um lado para o outro, sou capaz de estar uma tarde inteira sem querer beber nem comer, sem estar um minuto sentada, etc, etc. E como andam os meus pensamentos? Em cima. Como anda o meu ego? Em cima. Sinto-me bem, útil, responsavel, com objectivos por cumprir.
Ainda hoje, só com umas simples palavras, o meu ego bateu no topo, senti-me com um leve poder, não grande, não muito, mas suficiente para me fazer sorrir interiormente e isso trás, por consequencia, a vontade de dominar o mundo, uma vontade que já não sabia o que era, que nem me lembro quando foi a ultima vez que a senti.
Estou em alta outra vez, a pessoa de sempre, cá esta a voltar. Talvez com mais conhecimento, a compreender mais certas pessoas, mais humilde mas tambem a saber o que quero e a não me deixar ficar para trás. Tapete, só os que estão à porta das casas.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O velho Sábio

Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.
O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo.
Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.
Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
O mestre perguntou: - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos.
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de você.
As pessoas não podem lhe tirar a calma.
Só se você permitir...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Poderosa

Hoje sinto-me “poderosa”. Como se tivesse o poder todo, se andasse na rua, andaria de nariz empinado e com um grande sorriso, que mais quer dizer: “não se metam comigo que a resposta esta pronta na ponta da minha lingua e levo tudo a frente” (lol). Não sei porque, talvez pela musica que estou a ouvir, talvez por o dia me ter corrido bem ou pelas duas coisas e mais uns “pózinhos pre-lim-pim-pins”. Resumindo: sinto-me feliz.
Mas, por mais estranho que pareça, nesta altura com a minha felicidade toda, há uma coisa que não me deixa sossegada, estar sempre no meu pensamento a imagem de umas pessoas. Penso que é saudades, mas porquê saudades, precisamenté, quando me sinto assim, feliz? E logo delas, delas que eu, propria, fiz a opção de me afastar....!
Não sei, mas tambem não quero pensar nisto para não estragar o meu belo estado. ;)

terça-feira, 17 de julho de 2007

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa

domingo, 15 de julho de 2007

Faltam as fotos

Ainda não pus nada do Cortejo dos Tabuleiros porqu ainda não tenho as fotos todas que tirei. Espero que seja para breve! ;)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Rua



Foi cerca de um mês de intenso trabalho, as senhoras já tinham começado há dois meses, mas eu e a minha mãe só começamos depois. Fiz de quase tudo, babysitter, recados, “florista de papel”, paquete, ouvidos, cómica, etc, etc. Mas adorei. Há muito que não me sentia tão útil e os problemas simplesmente absorveram-se. Dava a sensação que aquele papel, que se transformava em lindas imitações de flores, tinha a função de nos libertar.
Faltava uma semana e o “grande stress” tinha começado, será que ia ficar bem?! O electricista nunca mais vinha, temia-se que houvesse poucos homens para nos ajudar e não sabíamos se tudo estaria pronto na altura certa. Por isso, na quinta à tarde já estávamos a trabalhar. Velhotas a mandar, as verdadeiras “chefes” enervadas a tentar fazer o seu lugar, os que nada tinham trabalhado só estavam a tardar o trabalho, já não sabíamos se os ajudantes eram a menos ou a mais, etc, etc. Conclusão, eram 5.30 da manhã e eu ainda a pé a fazer flores que faltavam a última da hora, estávamos a muito menos de 24 horas da grande inauguração e nem sequer imaginava como me iria aguentar até lá, só sabia que dessa noite, dessa noite só existiriam quatro horas de sono, nada mais.
E lá estava eu, a fazer de babysitter de uma vitima desta grande azafama. Uma criatura de 2 anos que tinha as horas descontroladas e que por mais que tentasse ter energia para crescer... só se via nas suas expressões o cansaço que se apoderava do seu corpo. De um lado para o outro lá andei eu. As ajudas desta vez não eram tantas mas sentiu-se a falta. A maior parte já sentia que o stress já não era muito até que a principal pessoa desmaia...! Não assisti ao acontecimento, mas até achei que foi um mal necessário, pois assim foi da maneira que se acabou num instante tal foi o maior empenhamento das pessoas.
A rua estava linda, superou todas as expectativas e os primeiros comentários dos curiosos que não aguentavam e tinham que ver por debaixo da manta, já começavam a ser positivos e a encher-nos o ego. E no momento que me preparo para, finalmente, ir a casa tomar um banho... começam a dizer que a comissão que ia inaugurar estava prestes a chegar. Nem ai pude descansar! Uma muda de roupa e uns truques para que o sentimento de “não lavado” não nos ronda-se, constantemente, a cabeça...
A hora mais importante chegara, as ruas já estavam repletas de gente, mas eu ainda tinha o privilégio de ser das poucas pessoas que podiam andar na nossa, ainda não estava aberta ao publico. Já se ouviam os tambores a tocar, as pessoas trajadas já se aproximavam e o nervoso miudinho começava. Aquele momento só me fez lembrar o dos outros anos anteriores, e desta vez só faltava uma pessoa... o meu avô, mas eu sabia que estava presente, nem que fosse só no meu coração. A banda passou, a corda foi cortada, palmas e papelinhos por todo o lado, aplausos a abafarem o som dos instrumentos e a comissão toda com um sorriso de orelha a orelha a darem os parabéns pelo belíssimo trabalho. O principal objectivo estava agora cumprido. Mas não seria a partir de agora que o descanso voltaria. Ainda os meus pés tinham dias e noites pela frente, ainda não se podiam iludir. Tal era o cansaço, que nessa noite (36 horas depois com quarto horas de dormida), não conseguia dormir tal eram as dores nos pés. Mas como o ditado diz: “quem corre por gosto não cansa” e eu... eu estava feliz.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Semana

Como esta semana não vivi para outra coisa nem pensei noutra coisa a não ser a FESTA DOS TABULEIROS; vou publicar várias postagens sobre ela. ;)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

"Ela é aquela menina que vive a vida com a MAIOR das intenções, ser FELIZ. Ela tem seu próprio ESTILO, é divertida, simpática, amorosa, alegre, entre outras coisas. Ela comete pecados, e magoa muita gente. Mas sempre tenta concertar seus erros. Apaixona-se muito fácil, muitas das vezes acaba levando a pior, mas com isso ela aprende cada vez mais a lidar com as pessoas. Tem amigos, mas os amigos verdadeiros ela conta nos dedos. Tem MUITOS colegas, e sempre tenta fazer mais e mais. É ODIADA por algumas pessoas e amada por várias. Quem olha ODEIA, quem conhece ama. Ela é humanamente INCAPAZ de agradar a todos, mas sempre TENTA dar o melhor de si. Ela causa INVEJA e CIUME em muitas pessoas, não tem tempo para os DESOCUPADOS que só sabem falar mal dela por trás e não tem coragem de falar com ela pessoalmente. Ela gosta de festas, vai á shoppings e adora dançar. É uma pessoa normal como todas as outras. Tem suas duvidas, adora fazer palhaçada. É nervosinha na hora que deve ser, não se abala muito fácil. Não é correspondida muitas vezes, mas não deixa se levar por causa disso. Gosta das coisas do seu jeito e quando não são tenta entender. Ela é uma CAIXINHA DE SURPRESAS, e o que ela só quer é ser feliz e mais NADA."

Não sei porquê, mas identifiquei-me com este texto, acho que sou um pouco assim... não sei... talvez vocês me digam...

Homenagem ;)

"Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis,porque concordam sempre uma com a outra e não se DESGRUDAM.Há quem diga que as mulheres são falsas e fofoqueiras A VERDADE é que é muito BOM ter AMIGAS Aquela pra quem você CONTA ABSOLUTAMENTE TUDO, e sente que foi entendida.Aquela que te dá BRONCAS e manda você PARAR de gostar daquele menino que SÓ te fez MAL. Aquela que ABRAÇOU em silêncio e sentiu você CHORAR,Aquela que ouve quando você está APAIXONADA e passa HORAS falando do MESMO assunto,Aquela que parece sua mãe, e VIVE pra te dar CONSELHO.Aquela que te deu o CONSELHO CERTO, que você NÃO OUVIU! Aquela que presenciou o MAIOR MICO, SEGURA SEU BRAÇO quando você TROPEÇA,Aquela que IRRITA, mas que você NAO IMAGINA vida SEM ela.Aquela que defende você de tudo e de todos. E tem também AS MELHORES AMIGAS, aquelas, que são SIMPLESMENTE aquelas!"

Por acaso foi escrito por uma Beatriz (só podia ser), e decidi por isto aqui para as minhas amigas... as minhas verdadeiras amigas. Adoro-vos! ;)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Cortejo dos Rapazes

Pela primeira vez na minha vida, estive o tempo todo, o trajecto todo lá no meio, no meio do “espectáculo”.
Há quatro anos, como acólita que era, acompanhei o Sr. Padre a benzer os tabuleiros, mas isso foram quê, 10 minutos?! Desta vez não, desta vez foram 3 horas, cansativas, mas maravilhosas.
Os miudos foram engraçadissimos, de chupeta na boca, a chorarem, com fome, cansadissimos e até a fazerem competições com o colega da frente para ver quem ajudava o par mais tempo. As pessoas a assistirem com sorrisos de orelha a orelha, a chamarem pelos filhos, netos ou simplesmente conhecidos. Ter ajuda-los... foi uma sensação muito boa, agarrar-lhes no tabuleiros porque já não aguentavam ou fazer com que estivessem sempre alinhados.
Mas o melhor, a melhor parte, foi quando chegamos à corredoura. Olhei, para a máximo que podia olhar do comprimento da Rua Serpa Pinto ver as colchas penduradas na janela, as pessoas tanto a espreitarem por elas como as mais perto de nós a verem, papelinhos pelo ar, aplausos, a banda a tocar, a decoração da festa e depois, para finalizar, mas sendo o essencial, os tabuleiros e as crianças, o cortejo. E eu... eu, estava ali no meio. Parecia aqueles filmes que monstram a pessoa felicissima no meio da festa, o unico que me faltou foi dar voltas de braços abertos, tal era a minha excitação, mas não o fiz, ainda mandava com uns tantos tabuleiros ao chão. (lol)
E no final... estava morta! Os meus pés feridos, a doerem-me as pernas, os braços, a cabeça (de tanto sol que apanhei), cheia de sono e de fome... morta... mas feliz, tão feliz que a minha mãe apercebeu-se disso só pelo brilhar dos meus olhos.