quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Conversas de café

Se nos sentarmos num café o dia todo observamos os que às 7 da manhã já lá se encontram para ler um livro ou um jornal, as senhoras a meio da manhã que vão tomar o pequeno-almoço e que voltam para o chá das cinco, os casais depois de almoço, para a porção de energia, e os jovens durante a tarde ou depois do jantar.

Muita gente passa por aquelas cadeiras e com elas trazem conversas. Só que há uma grande diferença entre conversas de café e conversas privadas. Uma coisa é falar do tempo, da selecção que ganhou na véspera, na actriz ou actor que se casou, das mudanças da cidade ou de uma ou outra vida que passe pelas cadeiras do lado. Mas por favor, não vamos trazer os problemas que se passam dentro de casa para um sitio tão publico.

Não pode haver pior coisa que um pai de família que vá falar dos seus problemas económicos, de um filho que vá contar os episódios que um mau pai, de uma namorada que revele os seus momentos íntimos, … para um café. E se não tiver outra hipótese… então faça-o a que mais ninguém possa ouvir.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bia vs Beatriz

    Sinto-me completamente dividida em dois. Numa luta, uma luta em que só tenho uma adversária… eu própria. Até vou nomeá-las: A Bia e a Beatriz.

A Beatriz não se sabe aprisionar a sentimentos. Nunca se soube entregar a 100 por cento, de corpo e alma; sente um certo constrangimento sempre que dá uma demonstração de afecto em público (e as vezes mesmo sem ninguém ao redor); sempre manteve um distanciamento cordial e passou a adorar a sua total liberdade de não ter que pedir autorização nem dar explicações a ninguém; detesta lamechices e fica completamente séptica a choros.

    A Bia é diferente. Carente, constantemente à procura de dar ou receber um carinho, seja verbal ou físico; que por vezes sente que tem demasiado amor retido, prestes a explodir e a deixar estilhaços a quem esteja por perto; que adora sentir um calorzinho no peito quando as personagens da televisão se beijam; vive muito a vida dos outros, mesmo chegando a sacrificar-se; E ainda sonha com um mundo cor-de-rosa e com o príncipe em cima do seu cavalo branco.

    E são estas duas personalidades que neste momento estão em puro conflito. Estou parada, com os pés juntos e não sei onde pôr o pé, se recuo ou se avanço. Qualquer uma das decisões não me parece mal. Mas desta vez, talvez pela primeira vez na minha vida, ou por maturidade ou simplesmente para lhe dar outro rumo, que tenho mais vontade de seguir em frente. De ser mais a Bia. Fechar os olhos e mandar-me de cabeça, pode ser que não seja assim tão mau.                                                                                 

sábado, 15 de novembro de 2008

Ganhar asas

        Sempre fui uma pessoa de querer viajar, de sonhar em ter um apartamento numa cidade grande e ter a minha herdade num terreno tipicamente ribatejano ou mexicano para puder andar sempre de um lado para o outro. Fazer mala, chegar às tantas da noite, apanhar aviões, ter um telemóvel sempre a tocar, conhecer isto e aquilo, deitar-me com um corpo cansado mas com uma alma feliz… etc, etc.

    Pois agora, neste momento, vejo-me presa a quatro paredes, ou a quatro cantos de uma cidade pequena, já conhecendo o pouco que tem a conhecer, preenchida de pessoas fúteis, coscuvilheiras e invejosas, com quem só podemos aprender o que não fazer. Enfim… num sítio que crescer ou evoluir não são palavras que constem em dicionários de papelarias em trespasse.

    Pois é aqui mesmo que me sinto presa, por cordas indestrutíveis. Não consigo entender se é simples comodismo ou por, apesar de tudo, sentir uma certa segurança, sei que no que errar terei sempre o refúgio da minha casa e uma mãe apoiando-me incondicionalmente. Também há o factor em que tudo é perto e os acessos às coisas, às pessoas são muito mais fáceis. Aqui tudo é fácil.

    E é ai que começo a pensar que talvez não seja tão mau nunca sair daqui, um sair fixo, por tempo indeterminado. Um trabalho aqui, um trabalho acolá. O estado facilita investir nestas pequenas terriolas… uma loja aqui ou outra loja acolá. Entretanto podemo-nos meter num projecto de uma instituição de solidariedade que ainda não existe e já temos ocupação para os fins-de-semana. Os que já conhecemos ajudam-nos, ou complicam-nos, e os desconhecidos… passamos a conhecer. Vendo por este prisma… até podemos encontrar o lado positivo tantas vezes difícil de encontrar.

    Mas a quem quero eu enganar?! Passaria a ser uma outra "sócia" no "clube dos frustrados", daqui a uns anos mal saberia falar espanhol, teria que estar a suplicar a alguém que me desse umas aulas de tecnologia e saberia lá o que estava a acontecer no outro lado do mundo. Sabedoria… seria unicamente ter conhecimento do nome da amante do vizinho do lado e já me poderia achar a melhor de todos.

    Tenho que sair daqui o mais depressa possível, só me resta encontrar as forçar para cortar as cordas e ter o céu como limite. Pois no fundo, até acho que sou capaz.

    


 

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Human Nature

(Spoken:)
Express yourself, don't repress yourself (repeat 4 times)

Chorus:

And I'm not sorry [I'm not sorry]
It's human nature [it's human nature]
And I'm not sorry [I'm not sorry]
I'm not your bitch don't hang your shit on me [it's humannature]

You wouldn't let me say the words I longed to say
You didn't want to see life through my eyes
[Express yourself, don't repress yourself]
You tried to shove me back inside your narrow room
And silence me with bitterness and lies
[Express yourself, don't repress yourself]

Did I say something wrong?
Oops, I didn't know I couldn't talk about sex
[I musta been crazy]
Did I stay too long?
Oops, I didn't know I couldn't speak my mind
[What was I thinking]

(chorus)

You punished me for telling you my fantasies
I'm breakin' all the rules I didn't make
[Express yourself, don't repress yourself]
You took my words and made a trap for silly fools
You held me down and tried to make me break
[Express yourself, don't repress yourself]

Did I say something true?
Oops, I didn't know you couldn't talk about sex
[I musta been crazy]
Did I have a point of view?
oops, I didn't know I couldn't talk about you
[What was I thinking]

(Chorus)

Express your self, don't repress your self (repeat 3
times)
(brake)
Express your self, don't repress your self (repeat 3
times)

Did I say something true?
Oops, I didn't know you couldn't talk about sex
[I musta been crazy]
Did I have a point of view?
oops, I didn't know I couldn't talk about you
[What was I thinking]

(Chorus)

"I´m absolute no regrets"


 

By Madonna

quinta-feira, 6 de novembro de 2008


E se eu, daqui a uns anos,
me aperceber que é tarde demais?!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dois caminhos


Sem saber qual escolher...