No ano passado, talvez por ser o primeiro ano ou por outros factores envolventes não favoráveis, eu só queria estar num único sítio, faltava a todas as minhas responsabilidades, mentia e deixava que a preguiça se apodera-se de mim. Unicamente, para estar, para que não me tirassem, da minha cidade, onde cresci onde conheci os meus amigos, onde soube o que era bom e mau, onde para mim era o melhor sitio do mundo…!
Pois este ano, esta a ser completamente diferente. Cada dia, semana, que passa… mais longe daqui eu quero estar. Não gosto de nada, só o principal monumento da cidade é que se aproveita e mesmo assim… entristece estarem a deixa-lo ficar em mau estado. Das pessoas… à excepção de uma ou outra… punha-as todas no mesmo saco e o gasto do plástico seria mal empregue. Cidade pequena, em que toda a gente comenta sobre toda a gente, tudo procura escândalos e especulam, fazendo afirmações do que não é! E se for pelo lado negativo… torna-se a felicidade de todos. Mentes curtas, picuinhas, que não sabem pensar mais além e que a maior invenção é destruir a vida dos outros, pensando que só assim serão alguém na vida. O que pensamos ser o melhor amigo, aquela pessoa honesta e genuína, na verdade é a pior delas todas, em que o que mais tenta fazer é manipular. A palavra amizade não consta no dicionário desta terra, tais como todas as outras que o significado seja algo de bom.
Mas se eu fosse a pensar no lado arquitectónico… também nada dava, pois sinto-me "presa". Não há um mar para olhar para o horizonte; se vou passear acabo por ir dar, várias vezes, ao mesmo sítio; não existe um centro comercial para relaxar nas compras; as lojas estão a fechar tornando as ruas deprimentes; e lá esta… nem sequer temos pessoas hospitaleiras para receber ideias ou alguém novo.
É para esquecer. De onde eu cresci… só quero isso mesmo, a recordação de um sitio que me ensinou a não voltar…!
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